Após o surgimento de um boato sobre um possível surto de meningite em Fernandópolis a redação do jornal CIDADÃO e Rádio Difusora FM conversou com o secretário de saúde do município, Ivan Veronesi e o médico pediatra, Dr. Paulo Zucarelli, que negaram o fato. “Não existe esse surto de meningite. O que temos é um caso suspeito, em que a paciente está internada em Rio Preto, e que está sendo investigado pelo Hospital de Base e o Instituto Adolfo Lutz”, explica o secretário.
Segundo o pediatra, a meningite é uma doença infecciosa grave que causa a inflamação no cérebro da criança. “A doença é de origem viral ou bacteriana, que são as mais preocupantes, pois, além de inflamar o cérebro, se propaga pelo organismo dando uma infecção generalizada muito grave”, explica Zucarelli.
De acordo com o médico, sempre haverá um caso ou outro, mesmo não sendo considerado um surto ou epidemia. “Na capital sim, pode se considerar um surto da doença. O vírus que circula no estado é o meningococo, que vive na garganta das pessoas e, quando atinge alguém mais vulnerável, como uma criança, desenvolve um caso de meningite”, revela o pediatra.
Na entrevista ao programa Rotativa no Ar, o médico disse que a melhor forma de prevenção da doença é a vacinação. “As sequelas da meningite são muito graves, a criança pode sair da doença surda, cega e até com um dos membros amputados”, destaca.
Na rede pública de saúde está disponível a vacina meningocócica ACWY, que protege contra a doença meningocócica causada pelos sorogrupos A, C, W e Y e deve ser aplicada uma dose em adolescentes de 11 e 12 de idade, a depender a situação vacinal. Está disponível também, a meningocócica C que protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C e deve ser aplicada a 1ª dose aos 3 meses de idade; 2ª dose aos 5 meses de idade e reforço aos 12 meses de idade.
“Pedimos para que os pais verifiquem as carteirinhas de vacinação dos seus filhos para conferir se tomaram as doses previstas no calendário de vacinação. Se não estiverem vacinadas é importante que procure a Unidade Básica de Saúde do seu bairro e atualize não só de meningite, mas todas as vacinas obrigatórias”, orienta Ivan.