Março foi o mês em que o estado de São Paulo e os 645 municípios vivenciaram o pior momento da pandemia do novo coronavírus. O mês fechou quebrando todos os recordes possíveis referentes aos casos de contaminação e de óbitos registrados nos períodos diário, semanal e mensal.
Para frear o avanço, o Governo do Estado de São Paulo e os prefeitos tiveram que endurecer as medidas restritivas para conter o avanço da pandemia.
De janeiro a abril, já foram pelo menos seis atualizações com alterações na região de São José do Rio Preto da qual o município de Fernandópolis faz parte. Até o dia 14 de janeiro, por exemplo, a região se encontrava na fase amarela. Já no dia seguinte, em 15 de janeiro, passou para a fase laranja. Já a partir do dia 25 de janeiro, o governo do estado adotou uma fase vermelha da quarentena que vigorava das 20h às 6h em dias úteis.
Cerca de um mês depois, em 26 de fevereiro, o governo adotou o toque de recolher das 23h às 5h em todo o estado, mas manteve a região na fase laranja do Plano SP. Duas semanas depois, o governador colocou todo o estado na fase vermelha em 26 de fevereiro e, endureceu ainda mais as medidas restritivas já em vigor por meio da fase emergencial que teve início no dia 6 de março com validade até este domingo, 11 de abril. Nesta sexta-feira, 9, o governo anunciou retorno à fase vermelha que vai vigorar até o dia 18 (veja matéria nesta página).
Apesar de dividir opiniões, as medidas começam a produzir resultados positivos no combate a pandemia nos primeiros dias do mês de abril com queda promissora no registro de novos casos. A média diária caiu 33% na comparação com a média diária de casos de março (35,3 contra 53,5). A média móvel registrada no mês de março foi de 53,5 casos/dia e de 35,1 casos/dia em abril.
A queda promissora de registro de novos casos, contudo ainda não refletem na ocupação de leitos, nem no registro de mortes. Nos primeiros oito dias de abril, a cidade registrou 17 mortes, média de duas mortes por dia. Esse número já é igual ao total de óbitos registrado em outubro do ano passado, o mês mais letal da pandemia em 2020.
Também nas internações, a Santa Casa ainda sofre os efeitos de março. Nesta sexta-feira, o hospital tinha 36 pacientes internados na ala de síndromes gripais sendo que todos eles já foram diagnosticados com a Covid-19.
Sobre a distribuição por setor, 19 deles estão na UTI - Unidade de Terapia Intensiva - e outros seis estão na UTI Geral do hospital uma vez que eles se encontram fora do estágio de transmissão do vírus.
Já na enfermaria, dos 18 leitos disponíveis, 11 deles estão ocupados. Dos números não contam os pacientes que estão internados na UPA, em leitos de UTI e de Enfermaria.
