O prefeito de Rio Preto, Edinho Araújo (MDB), decidiu que o município entrará em lockdown a partir da zero hora desta quarta-feira, 17, com fechamento de serviços essenciais para atendimento presencial, como supermercados, em razão do avanço da Covid-19. A decisão foi tomada em reunião de emergência no domingo, 14. No entanto, até o nal desta segunda-feira, 15, as regras sobre as restrições ainda não tinham sido denidas. Dos 48 prefeitos que participaram de reunião com Edinho nesta segunda, ao menos 14 disseram que vão aderir ao lockdown, de acordo a assessoria da Prefeitura. O prefeito tenta adesão maior.
A Prefeitura divulgou apoio de Ibirá, Nova Aliança, Nova Granada, Palestina, Mira Estrela, Icém, Guapiaçu, Monte Aprazível, Jales, Bady Bassitt e Sales. A assessoria da Prefeitura de Jales, no entanto, afirmou que o município ainda não definiu se terá lockdown. Às 20h, a assessoria divulgou adesão ainda de Orindiúva, Mendonça e José Bonifácio. Fernandópolis não se manifestou oficialmente e a tendência é que siga São José do Rio Preto.
Edinho se reuniu com comitê de enfrentamento ao coronavírus, com a cúpula do governo, médicos de hospitais públicos e privados e Judiciário para definir o lockdown. Nesta segunda, a assessoria do prefeito confirmou a data do início do fechamento na quarta, com supermercados, mercearias e mercados de bairros com atendimento apenas por delivery, "uma vez que são essenciais para manter o abastecimento de alimentos", arma o comunicado. A Prefeitura informou também que o fechamento terá validade até domingo, dia 21, "prevendo a partir daí a flexibilização gradativa de alguns serviços". Na sexta-feira, 19, é feriado municipal em Rio Preto. Na tarde desta segunda, depois da reunião com prefeitos, a Prefeitura enviou um segundo comunicado, com pronunciamento de Edinho.
"Os números com relação à Covid-19 são altíssimos e é uma coincidência, todos os municípios da região estão na mesma situação". Edinho também citou a superlotação de leitos de enfermaria e UTI Covid para justificar a medida radical. "Os índices de leitos de UTI aproximam de 100%. É preciso fazer alguma coisa", disse.
Na nota, o município afirma que há dificuldade, segundo a Prefeitura, para aquisição de equipamentos e remédios, "e num momento em que faltam até insumos no mercado para abertura de novos leitos".
Segundo Edinho, é essa decisão (lockdown) que ele e outros gestores de cidades vizinhas tomaram. "Para isso vamos tomar medidas mais restritivas", afirmou.
A princípio, o município teria regras semelhantes às restrições decretadas em Araraquara. Em colapso sem leitos para atender doentes de Covid, Araraquara fechou a cidade por completo, com funcionamento apenas de serviços de saúde.
Supermercados e postos de combustíveis foram fechados para atendimento presencial, com proibição de circulação de pessoas sem necessidade comprovada.
O decreto deve ser publicado no site da Prefeitura nesta terça-feira, 16, e deve detalhar medidas. Algumas delas foram pré-anunciada:
- Supermercados, mercados e mercearias terão atendimento com entrega a domicílio (delivery), já que são essenciais para manter abastecimento de alimentos
- A data de início do lockdown será a zero hora de quarta, 17
- O decreto terá medidas mais restritivas nos cinco primeiros dias, de quarta, 17, até domingo 21.
- A partir de então haverá flexibilização gradativa de serviços Segundo a Prefeitura, o decreto com detalhes de serviços e atividades será divulgado nesta terça, 16 (Com Diário da Região)
