A forma e o local escolhido pelo governo do Estado de São Paulo para instalação do Hospital de Campanha em Fernandópolis, levou o vereador Murilo Jacob (MDB) a fazer criticas graves da tribuna da Câmara durante a sessão desta terça-feira, 9, no Palácio 22 de Maio Prefeito Edison Rolim. A fala do vereador repercutiu no Paço Municipal no momento que a cidade enfrenta colapso na saúde com o agravamento da pandemia do coronavírus.
O vereador discorda na desativação da estrutura do Lucy Montoro para dar lugar a leitos de UTI para covid-19. Segundo ele, a Santa Casa de Fernandópolis teria condições de instalar esses novos leitos e até possui uma usina de produção de gases medicinais (oxigênio). “Não iria ter problema de oxigênio para o atendimento na Santa Casa. E agora, como fica o atendimento e reabilitação de pessoas com deficiência física no Lucy Montoro?”, indagou o vereador.
A denúncia do vereador tem como alvo a OSS Andradina que administra o Lucy Montoro e o AME de Fernandópolis. Essa OSS é a mesma que está sob investigação no escândalo da Santa Casa que gerou a intervenção judicial no hospital. “Eles são bons para roubar, não para salvar vidas”, denunciou o vereador.
O vereador afirmou está acionando o Ministério Público sobre o fato para que haja fiscalização na instalação e nos gastos do hospital.
A fala do vereador repercutiu no Paço Municipal. Fontes ouvidas por CIDADÃO manifestaram preocupação, principalmente com os desdobramentos que podem ocorrer neste momento que a cidade enfrenta colapso no atendimento aos pacientes com Covid-19. “É momento de pensarmos em salvar vidas. Tem gente na UPA esperando por um leito de UTI. Não podemos perder o hospital de campanha que vai abrir 10 leitos de UTI e 10 de enfermaria. É crucial esse momento que estamos vivendo da pandemia”, disse essa fonte.