O governo paulista estuda colocar todo o estado na fase vermelha, a mais restritiva de seu plano de abertura econômica durante a pandemia de Covid-19. A decisão final sobre o assunto ocorrerá em reunião na manhã desta quarta-feira, 3. Não há ainda previsão para fechar escolas.
Desde dezembro, as aulas presenciais são opcionais no estado nas fases laranja e vermelha, as mais restritivas do chamado Plano SP de reabertura econômica.
Na fase vermelha, apenas os serviços essenciais estão permitidos. A tendência é sua adoção por um tempo determinado, talvez duas semanas, a depender da evolução do impacto na circulação do novo coronavírus. O tema está sendo discutido por Doria e secretários nesta tarde de terça-feira, 2, com quase 550 dos 645 prefeitos paulistas, por meio de videoconferência, para testar a receptividade à ideia e ouvir sugestões a partir da experiência na ponta. O prefeito André Pessuto participa da reunião e deve seguir as orientações do Estado.
O Centro de Contingência da Covid-19, comitê de 20 especialistas e autoridades que aconselham Doria na crise, debateu nesta terça outras medidas ainda mais duras, mas a tendência no governo é ficar dentro dos parâmetros já existentes.
Na semana passada, foi reforçada a fiscalização contra festas e eventos ilegais, com o chamado toque de restrição das 23h às 5h —basicamente, mais repressão a aglomerações. Alguns membros do centro defendem abertamente o lockdown, a restrição total à circulação de pessoas. Mas tal medida é vista como inexequível de forma generalizada por integrantes governo paulista, ao menos num momento em que não há auxílio emergencial implantado no país.
O estado tem 73,2% de ocupação de leitos de UTI devido à Covid-19, 74,3% na Grande São Paulo. Na região várias cidades se anteciparam a adotaram medidas mais restritivas. (Com informações Folha/Uol)