A semana foi de altos e baixos no noticiário da pandemia do coronavírus. Começamos a semana sob o impacto da transferência do médico Avenor Bim para o Hospital Alberto Einstein em São Paulo na noite de segunda-feira. Um avião UTI levou o médico para a capital, diante do agravamento do quadro de saúde. Na quinta-feira, 3, a ex-prefeita Ana Bim, que também estava intubada na UTI da Santa Casa por complicações pela Covid-19 também foi transferida para São Paulo. Até o fechamento da edição, o quadro de saúde de ambos era estável.
A semana entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro registrou queda na taxa de contágio. Os casos positivos caíram 22% em comparação a semana anterior. Nesse período a cidade registrou a 60ª morte, um homem de 86 anos que estava internado na UTI e tinha comorbidades.
O dado que gerou maior preocupação durante a semana foi que a Unidade para Covid na Santa Casa atingiu 100% de leitos ocupados por dois dias consecutivos, 2 e 3. Houve pressão também na ocupação de leitos de enfermaria equivalente a outubro que foi o mês com maior pressão no setor de internação hospitalar.
Ontem o boletim da Santa Casa informava que a ocupação de leitos de UTI estava em 90% com a transferência da ex-prefeita Ana Bim para São Paulo. Outras 6 pessoas estavam internadas na enfermaria, o que indica que seis delas receberam alta médica.
Um dado que chamou a atenção nesta semana é que a cidade totalizou cerca de 15 mil testes RT-PCR para Covid-19 e 74,3% deram resultado negativo. Os casos positivos ficaram em 25,7%. A cidade de aproxima dos 4 mil casos positivos da doença. Durante a semana, cerca de 500 pessoas permaneciam em tratamento, cumprindo isolamento domiciliar.
REGRESSÃO
A região permaneceu na fase amarela na nova classificação do Plano São Paulo anunciado pelo governador João Dória. A medida afetou várias regiões paulistas, principalmente a grande São Paulo e litoral que estavam na fase verde e precisaram recuar na liberação até 4 de janeiro.
A decisão recebeu aval de médicos especialistas do Centro de Contingência do coronavírus em São Paulo. A medida não fecha setores econômicos em nenhuma das 645 cidades paulistas, mas fortalece ações de restrição a aglomerações.
Com o regresso geral para a terceira das cinco fases do Plano SP, atividades como bares, restaurantes, academias, salões de beleza, shoppings, escritórios, concessionárias e comércios de rua voltam a ter limitações de horário e capacidade de público.
O atendimento presencial em todos os setores fica restrito a dez horas diárias, sequenciais ou fracionadas, e 40% de capacidade. Os estabelecimentos terão que fechar o atendimento local até as 22h. Todos os eventos com público em pé estão proibidos na fase amarela.
A decisão não altera a programação de volta às aulas da Secretaria de Estado da Educação. Tampouco há previsão novo fechamento de escolas para aulas presenciais com limitação de alunos por turmas e turnos.