Aceita por apenas um estado brasileiro e vista com desconfiança pela comunidade internacional, a vacina russa para a Covid-19 deverá dar imunidade à doença por no mínimo 2 anos. A afirmação é do Instituto Gamaleya, em Moscou, que desenvolveu a vacina, batizada de "Sputnik V".
O Gamaleya também anunciou que a vacina deverá ser aplicada, a partir da semana que vem, em mais de 40 mil pessoas em 45 centros médicos na Rússia, como parte dos ensaios de fase 3. A vacinação em massa tem previsão de começar em outubro no país, e a exportação, em novembro.
A vacina foi registrada na semana passada pelo governo russo, mas, até agora, não foram publicados estudos que mostrem os resultados dos testes da imunização.
O país estuda diversas parcerias internacionais para os testes e a produção das vacinas, inclusive com o Brasil, segundo os cientistas do instituto. Não foi informado, entretanto, se já havia algum trato fechado para testar a Sputnik V fora do território russo.
O governo do Paraná firmou uma parceria com o governo russo para desenvolver a vacina, mas nenhum teste clínico foi aprovado pela Anvisa - Agência Nacional de Vigilância Sanitária - até agora. A última imunização a ser autorizada para ensaios no país foi a Ad26.COV2.S, da Johnson & Johnson.
