Provedor diz que só fará auditoria na Santa Casa se alguém pagar

20 de Agosto de 2025

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Provedor diz que só fará auditoria na Santa Casa se alguém pagar

Em uma nota enviada à imprensa na manhã desta quarta-feira, 25, o novo provedor da Santa Casa de Fernandópolis, Edilberto Sartin, deixou claro que a diretoria não pretende realizar uma auditoria nas contas da entidade. A nota foi distribuída após um ofício protocolado pela APM - Associação Paulista de Medicina -, pedindo uma análise profissional em todos os setores do hospital, além da contratação de um administrador hospitalar. 
Segundo Sartin, o Conselho Administrativo da Santa Casa está satisfeito com o levantamento apresentado na última sexta-feira, 20, em uma coletiva com a imprensa, onde foi divulgada a dívida de mais de R$ 28 milhões além de um déficit mensal de quase R$600 mil. 
“Estamos satisfeitos com nosso levantamento e nossa prioridade neste momento é ‘apagar o incêndio’. Entretanto, se alguma entidade considerar prioritário realizar outra auditoria, com empresa de reputação e renome no mercado, providenciando os recursos necessários para cobrir os altos custos inerentes, estamos abertos a programar estes trabalhos com a equipe a ser designada”, disse Sartin.
Já em relação ao pedido da APM de contratação de um administrador hospitalar, o novo provedor que irá atender. “A contratação de administrador hospitalar, está em nossos planos e será feito com a nova estrutura, profissional e dedicada, a ser implantada”, completou. 
O OFÍCIO 
A Associação Paulista de Medicina – Regional de Fernandópolis encaminhou oficio na segunda-feira, 23, à  Irmandade da Santa Casa  de Fernandópolis em que pede a realização de auditoria independente e contratação de administrador hospitalar. A carta foi assinada pelo presidente da APM, Márcio Gaggini.
“A Associação Paulista de Medicina Regional de Fernandópolis, através de sua diretoria, por intermédio deste, solicita Auditoria independente, em todos os níveis e setores do Hospital de Ensino e contratação de administrador hospitalar, com experiência e sem vínculos com a Provedoria, Conselhos e Médicos da Instituição”, dizia o ofício encaminhado.
O documento foi entregue à provedoria da entidade pelo próprio presidente da APM em uma reunião de portas fechadas que durou mais de duas horas. Na ocasião, Gaggini disse que iria conceder uma coletiva à imprensa, o que acabou não acontecendo.