Com a chegada da temporada de chuvas na região, Fernandópolis já enfrenta problemas com o escoamento das águas pluviais. Problemas em galerias acabam gerando crateras em áreas residenciais com risco para moradias. No início do ano, uma cratera ameaçou residências no Jardim Paraíso, zona norte, obrigando a prefeitura a executar serviços de emergência para conter a erosão.
As chuvas de outubro que já somam acumulado de mais de 50 milímetros, contribuíram para aumentar uma erosão no Parque Universitário, com risco para residências na área localizada no cruzamento da rua Anésio Batista Malacrida com a Avenida Aldo Livorati.
A cratera apareceu em área de preservação ambiental do ribeirão Santa Rita. Após as chuvas de sexta-feira, 14, que atingiram 34,2 mm, segundo estação do Ciiagro na Unicastelo, a erosão chegou próxima à via pública, obrigando a prefeitura a isolar a área e adotar providências para conter a erosão. O terreno na área é bastante úmido o que favorece o avanço da erosão. Duas linhas de tubos da Sabesp também foi ameaçada pela erosão. As residências ficaram a cerca de 50 metros da cratera.
Em nota, a prefeitura informou que “desde a última sexta-feira, 14, funcionários da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura trabalham no reparo do conjunto de galerias existente no local. Essa galeria foi destruída pela força das recentes chuvas e o acúmulo de lixo e entulho despejados por populares nas proximidades”. A Defesa Civil também esteve no local e avaliou que, até o momento, não há risco para as casas”.
A ausência de chuva durante a semana permitiu que a prefeitura trabalhasse no local e adiantasse a recuperação. Nesta sexta-feira, 21, uma máquina trabalhava no local para o aterro, após o reparo da galeria.
Em 2014, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) realizou um mapeamento das áreas de riscos em Fernandópolis. Técnicos visitaram várias regiões da cidade com objetivo de identificar as áreas e coletar os dados para compor relatório técnico final do Instituto. O estudo preliminar apontou 16 áreas de riscos em Fernandópolis, incluindo áreas próximas à represa municipal e aos fundos do Bairro da Brasilândia, onde em 2013 ocorreu desmoronamento de barranco em córrego que causou a morte de um jovem.