Nesta semana foi registrado em Votuporanga o terceiro caso da zoonose em humanos
No que diz respeito à contaminação por Leishimaniose em humanos, pode se dizer que Fernandópolis é livre da doença, que é transmitida por cães e roedores. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Fernandópolis, não existe nenhum caso confirmado da doença em seres humanos. No entanto, até aqui, já são 40 casos registrados em cães, confirmados pelo Instituto Adolfo Lutz.
A atenção a cerca da doença voltou à tona nos últimos meses em detrimento da contaminação de três pessoas em Votuporanga, com o último caso confirmado nesta semana. O terceiro paciente de Votuporanga vítima da doença é um homem de 59 anos que teve o caso diagnosticado há um mês e passou por tratamento no Hospital de Base de Rio Preto. A Secretaria de Saúde de Votuporanga afirmou que o paciente já recebeu alta e deve terminar o tratamento em casa.
Por mais que muitos não deem a devida atenção à zoonose - doenças que podem ser transmitidas entre os animais vertebrados e o homem-, e talvez nem se lembrem da existência dela no dia a dia, vale lembrar que em 2012, por exemplo, oito pessoas foram mortas pela doença na cidade.
Para evitar o problema, o Ministério da Saúde tem fornecido coleiras especiais que exalam a substância deltametrina, repelente do mosquito transmissor. No Estado de São Paulo, em 2013, foram notificados 176 casos de leishmaniose visceral. Os casos caíram para 144 em 2014. A Secretaria Estadual de Saúde informa que envia aos municípios kits para realização do teste rápido para a leishmaniose visceral canina.
Em Fernandópolis, o trabalho de prevenção à doença é incessante. De acordo com a secretária de saúde Ligia Barreto “o município realiza exames laboratoriais, através da coleta de sangue dos cães, atividades educativas (palestras, distribuição de panfletos), recolhem e realizam a eutanásia dos cães com resultado laboratorial positivo”. A pasta realiza ainda orientações de prevenção como: manter poda de árvores, folhagens e gramas dos quintais, manter quintais e galinheiros limpos e livre de folhas, frutos e fezes, embalar em sacos plásticos e colocar para coleta a matéria orgânica. Se possível colocar telas finas nas portas e janelas e manter a saúde e higiene de seus animais, usando coleira repelente de insetos e não permitindo que o cão fique solto nas ruas.
Em relação ao encoleiramento de cães, ela lembra que “existe um projeto no município em parceria com o Ministério da Saúde e Instituto Adolfo Lutz, na qual Fernandópolis recebe quatro mil coleiras de prevenção do mosquito palha para serem colocadas em animais previamente cadastrados.