Fernandópolis fica em penúltimo lugar e cai para segunda Divisão

O retrospecto de Fernandópolis não foi nada satisfatório na 59ª edição dos Jogos Regionais, realizados em Penápolis de 9 a 19 de julho. Nesta que é uma das maiores competições do Estado na área esportiva, Fernandópolis ficou na penúltima colocação na classificação geral da 1ª divisão com 77 pontos, à frente apenas do município de Tabapuã (de apenas 11 mil habitantes) que somou 49 pontos.
Com o péssimo resultado, a cidade, que vencera a 2ª divisão em 2014, mais uma vez volta divisão inferior juntamente com Tabapuã, enquanto que Mirassol e Andradina ascenderam à elite. A derrocada fernandopolense deixa clara a falta de incentivo ao esporte amador da cidade, uma vez que capacidade talento seus atletas já mostrou ao longo da história ter de sobra, com conquistas relevantes e também pelo fato de alguns atletas deixarem de participar de competições do alto escalão do esporte, mesmo após terem garantido a classificação na garra, em detrimento da falta de patrocínio.
Os projetos sociais desenvolvidos na cidade, com professores altamente capacitados, mostraram que sozinhos não foram capazes de colaborar com bons resultados diante de outras cidades do estado, que possuem estrutura para a prática do esporte, como por exemplo, praças esportivas, um ponto fraco atualmente em Fernandópolis.
A própria assessoria de comunicação da Prefeitura não manteve o otimismo na delegação fernandopolense que contou com 200 integrantes, para as 18 modalidades que disputou, dentre as 22 em disputa. Em comunicado, o setor de atendimento à imprensa informou no dia 24 de junho que a delegação rumava a Penápolis para a disputa dos jogos, porém a própria manchete já vislumbrava que dificilmente a cidade brigaria por títulos: “Com 18 modalidades, Fernandópolis tentará manter-se na 1ª divisão dos Jogos Regionais”, informava o texto.
No entanto, embora a pretensão, de acordo com a Prefeitura, fosse de apenas se manter na 1ª divisão, algumas modalidades superaram as dificuldades e fizeram a lição de casa, como no caso do Judô que conseguiu três medalhas de prata e três medalhas de ouro, o voleibol feminino que ficou com a medalha de prata, o vôlei de praia que levou o bronze e o fundista Jaime Antônio Ferreira da Silva, que conquistou a única medalha de ouro para Fernandópolis nos 1.500m no Atletismo ACD (Atletas com Deficiência). Com uma deficiência visual, Jaime integra a ADVF – Associação dos Deficientes Visuais de Fernandópolis-, que este ano também teve parte da verba estadual cortada pelo governo, dificultando o incentivo ao esporte. Ainda assim, o atleta acumulou 18 troféus e 12 medalhas do ano passado para cá, um exemplo de superação.
Já no voleibol feminino, como de costume, a equipe fernandopolense, comandada por Fábio Cavariani, conquistou a medalha de prata, atrás apenas da forte equipe de São José do Rio Preto – com um time formado por atletas contratadas. Já no vôlei de praia feminino, as meninas de Fernandópolis conseguiram a medalha de bronze, também muito comemorada pelas atletas.
No restante das 18 modalidades, Fernandópolis amargou a última colocação em sete delas. Ao todo, a cidade competiu com outros sete mil atletas de 59 cidades e embora tenha tido algumas conquistas individuais, os resultados não colaboraram com a classificação geral, já que a pontuação é somada por equipe. Foram 11 medalhas conquistadas, quatro de bronze, seis de prata e uma de ouro. Vale lembrar que as equipes de vôlei de Fernandópolis (quadra e areia) estão classificadas para a disputa dos Jogos Abertos, que serão realizadas em Ribeirão Preto em outubro.