Com leucemia, o garoto sofre coma doença desde 2009 e segue realizando sessões de quimioterapia em no Hospital da Criança em Rio Preto
Na fila de espera para fazer um transplante de medula desde 2013, os dias do jovem João Preto, 8, não tem sido fáceis em razão das sessões de quimioterapia feitas em São José do Rio Preto e principalmente pela espera agoniante de um doador compatível. Para colaborar de alguma forma, a comunidade fernandopolense realizará uma quermesse a céu aberto no próximo dia 7 para arrecadar fundos e ajudar a família do garoto. O evento será realizado a partir das 17h na Rua José Besteti, entre a Avenida Eurídes Fração e Rua Geraldo Filetti, no Residencial Nova Canaã.
Com o pai desempregado e mãe à espera de um irmãozinho, que pode ser a salvação de João Pedro, caso tenha medula óssea compatível, qualquer colaboração tem sido válida. Desde agosto o pai de João Pedro, Cláudio José dos Santos Azevedo, tem dedicado total atenção ao filho já que a esposa está grávida. Ele tem levado João Pedro a cada 24 dias para as sessões de quimioterapia no Hospital da Criança em São José do Rio Preto, que duram cinco dias. O tratamento é custeado pelo SUS, no entanto, a família tem gastos com as viagens, alimentação e a estadia.
João Pedro é portador de Leucemia Mielóide Aguda, uma doença grave que age como um câncer, gerando disfunção e bloqueio da produção de células importantes para uma boa saúde como hemácias, leucócitos e plaquetas. Os níveis irregulares destas células causam, em primeiro momento, insuficiência respiratória agregada à fraqueza e anemia. Com o desenvolvimento da doença, o portador pode ficar mais suscetível a contrair infecções perigosas com grande risco à saúde.
Hoje, 12, João teve consulta em Rio Preto e, segundo o pai Cláudio, seu estado de saúde é estável, porém tem apresentado evolução quanto ao tratamento com a quimioterapia. “Nós viemos para Rio Preto no último dia 2 para fazer a quimio, e acabamos tendo de ficar o final de semana, pois ele precisou de uma medicação por falta de cálcio e potássio no organismo. Ele recebeu duas bolsas de sangue de concentrado de plaquetas e outras cinco de hemácias, pois o tratamento o deixa com baixa resistência”, disse o pai, lembrando que ainda faltam três sessões de quimioterapia.
Em virtude do garoto fazer transfusões de sangue praticamente todos os meses, Cláudio Azevedo, que sempre trabalhou como vigilante, tem realizado uma campanha em parceria com a Defense – Centro de Formação de Vigilantes, de Rio Preto, levando cerca de 20 a 30doadores de sangue até o hemocentro mensalmente.
O pai ainda realiza em Fernandópolis a Campanha “Seja um Herói Salve Vidas”, para doação de sangue de medula. Segundo ele, desde 2009 quando as campanhas começaram em Fernandópolis, quando descobriram a doença de João Pedro, o cadastro de doadores já teve um aumento de 40%.