Karolyne foi internada no dia 29 de janeiro, após ser resgatada de um buraco de aproximadamente 10 metros às margens da rodovia Elyezer Montenegro Magalhães, perto de Populina, onde permaneceu presa durante três dias com metade do corpo submerso em um córrego depois de sofrer um acidente de carro.
Segundo Benez, Karolyne foi submetida a uma cirurgia que durou duas horas e meia, considerada moderna nos tempos atuais. Foi utilizada uma técnica minimamente invasiva, o que causa menos danos aos tecidos, à musculatura, aos tendões e às artérias. Essa técnica é chamada de “placa ponte”.
Ainda segundo o médico, todo o procedimento foi realizado de forma que não trouxesse riscos à vida da jovem, mas por se tratarem de fraturas graves, Karolyne pode ficar com algum tipo de seqüela.
“A cirurgia foi um sucesso, mas é importante ressaltar que essas lesões graves podem acarretar algumas seqüelas. Quanto às fraturas na bacia, acredito que não, mas as da tíbia e do tornozelo podem desenvolver algum desvio, pode haver uma falha na consolidação, o osso pode não colar e ainda pode ocorrer algum processo infeccioso, todos esses fatores têm que ser levados em consideração”, esclareceu Benez.
De acordo com ele, as chances de sobrevivência da Karolyne seriam muito menores caso ela não tivesse sido encontrada após o terceiro dia. “Ela chegou aqui muito desnutrida, desidratada, anêmica e bastante debilitada, e esse quadro iria piorar a cada dia que passasse. Por sorte ela foi encontrada ainda no terceiro dia - graças a isso, ainda deu tempo de salvá-la”, destacou o médico.
Agora se inicia a fase de recuperação. De acordo com o médico, se tudo correr conforme o esperado, dentro de 12 ou 13 semanas ela já poderá dar os primeiros passos com o auxilio da fisioterapia.
