A CCM – Comissão Consultiva Mista, do Iamspe – Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual, realizou na quarta-feira, 9, uma audiência pública para a discussão dos problemas enfrentados pelos funcionários públicos de Fernandópolis e região em relação à entidade.
O evento contou com a presença de dezenas de pessoas, além de integrantes da CCM estadual e representantes do Iamspe. Durante o encontro, os problemas enfrentados pelos funcionários de Fernandópolis e região foram elencados e as possíveis soluções também discutidas.
Várias pessoas estavam no local e reclamavam da situação caótica do atendimento na cidade, que atualmente possui apenas cinco médicos credenciados para atender uma região composta por vários municípios.
O evento contou com a presença do presidente estadual da CCM, Sylvio Micelli, o qual afirmou que várias audiências públicas estão sendo feitas, com o objetivo de discutir sobre o atendimento médico. “O Iamspe tem um número muito grande de usuários, que chega a ultrapassar 1,5 milhão. O nosso maior problema é a falta de recursos, pois o plano sobrevive somente com o repasse dos servidores, que é de 2%”, afirmou Micelli.
Ele afirma que uma das reivindicações é para que o governo também contribua com sua parte. “A carência do atendimento se deve ao baixo credenciamento e poucos recursos. Para termos essa melhora, também é importante que as pessoas cobrem dos políticos, como vereadores, deputados, entre outros. Além disso, também temos a carência de profissionais em muitas regiões”, disse.
POUCOS PROFISSIONAIS
Segundo a assistente técnica da Diretoria do Departamento de Convênios de Assistência Médica, Silvia Borboni Zampieri Justo, o objetivo é chegar a um acordo para encontrar propostas de melhores atendimentos para Fernandópolis.
“Tentamos encontrar onde existem as falhas e atuamos nesse propósito. Pelo que estamos sentindo, o grande problema é a rede credenciada, que está defasada em relação à necessidade da população”, afirmou a assistente.
Silvia afirma ainda que a cidade possui cerca de 3,6 mil usuários e está com poucos médicos credenciados, sendo que há vagas para 24 profissionais. “Temos uma lacuna que precisa ser preenchida na região”, disse ela.
Segundo a CCM, a falta de médicos ocorre devido ao desinteresse dos próprios médicos de se cadastrarem na instituição. “O Iamspe sabe que existe essa necessidade e está à procura dos profissionais, mas muitas vezes encontra resistência por parte dos médicos”, destacou a assistente.
NA CIDADE VIZINHA
A principal reclamação dos usuários fernandopolenses é com relação à necessidade de ter que se deslocar até Votuporanga, onde existe um escritório do Iamspe, para conseguir guias para fazer exames aqui ou em Rio Preto.
Votuporanga se tornou sede regional do Iamspe em setembro, quando foi inaugurado o escritório, após um projeto apresentado pela Câmara de vereadores da cidade em parceria com o deputado estadual Carlos Pignatari. Em Fernandópolis, não há notícia de projeto nesse sentido.
