A gravidez em mulheres acima dos 35 anos é muito frequente. A gravidez nessa faixa etária tem aumentado ano a ano, e pode ser constatada em toda a população mundial. Desde o final dos anos 70, houve um aumento significativo da taxa de bebês nascidos de mulheres de 35 a 50 anos de idade. Em aproximadamente 20 anos, essa taxa praticamente dobrou.
Há bem pouco tempo, a gravidez de uma mulher aos 30 anos era considerada arriscada. Hoje, esta realidade já não assusta. Por diversas razões, a maioria das mulheres escolhe a idade dos 30 anos para engravidar. E os médicos consideram hoje que a gestação de risco afeta somente às grávidas com mais de 35 anos, e em alguns casos, as que tenham mais de 38 anos de idade.
Segundo a ginecologista Morisa Leão, acima dos 35 anos, ocorre diminuição da qualidade do óvulo e da fertilidade feminina. Além disso, nessa faixa etária as mulheres estão mais propensas a patologias como pólipos, miomas, endometriose e doenças inflamatórias pélvicas que podem complicar ou dificultar o sucesso para que ocorra a gravidez.
Aumentam também a incidência de abortamento, trabalho de parto prematuro, crescimento intra-uterino restrito e malformações congênitas, (anormalidades cromossômicas). Além disso, durante a gestação apresentam maior risco de desenvolver diabetes, hipertensão e disfunções tireoidianas, influenciando diretamente o sucesso do parto.
No período pré-concepção, as mulheres devem fazer uso do acido fólico antes da gestação e tratar ou controlar as patologias pré-existentes.
Os cuidados estão direcionados ao pré-natal minucioso, onde a gestante vai ser acompanhada e orientada em consultas com intervalos mais curtos do que uma gestação de baixo risco, e realizar exames necessários, tanto os laboratoriais (por exemplo, o teste triplo) quanto os ecográficos (como a USG morfológica do primeiro trimestre e a biópsia de vilo-corial, aminiocentese etc.).
Há maior probabilidade de sucesso, porém, se a reprodução assistida, juntamente com a medicina fetal, entrar na vida das mulheres que querem gestar mais tardiamente. É a ferramenta de sucesso para planejar e assegurar a gestação.