Clínica de Fonoaudiologia já realiza o “Teste da Orelhinha”

20 de Agosto de 2025

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Clínica de Fonoaudiologia já realiza o “Teste da Orelhinha”
A Clínica de Fonoaudiologia da FEF já oferece gratuitamente o exame conhecido como “Teste da Orelhinha” para recém-nascidos, cujo objetivo é o diagnóstico precoce da perda auditiva. O exame, com a utilização do aparelho de Emissões Otoacústicas, é indolor e o resultado sai em poucos minutos.
A fonoaudióloga e professora do curso Silvia de Amorin Uvera Ferreira, responsável pelo exame, relatou que o atendimento na Clínica da FEF será realizado às terças-feiras, mediante agendamento prévio. A estimativa é realizar de quatro a cinco exames por noite.
O Teste da Orelhinha deve ser realizado a partir do nascimento, preferencialmente nos primeiros três meses de vida do bebê, para que se possam detectar perdas precoces que venham a causar atraso no desenvolvimento da fala.
Segundo a fonoaudióloga, o Brasil identifica tardiamente o problema de surdez. “Esse exame deveria ser obrigatório por lei federal, a exemplo do exame do pezinho”, diz Silvia. Vários municípios já realizam o exame, caso de Fernandópolis. Com o serviço disponibilizado na Clínica da FEF, acredita-se que haverá demanda de exames de vários municípios da região que mantêm parceria com a Fundação.
O primeiro exame realizado na Clínica de Fonoaudiologia da FEF ocorreu na terça-feira, dia 6. O casal Ednéia de Souza Almeida e Daniel Gonçalves da Silva veio de Ouroeste para realizar o “Teste da Orelhinha” na filha Mikaelly, que nasceu no dia 23 de março. O exame foi acompanhado pelos alunos do 7º semestre do curso de Fonoaudiologia da FEF que estão em período de estágio na clínica.
O procedimento de exame se inicia com uma entrevista para levantamento e registro de dados que identifiquem indicadores de risco para o desenvolvimento da audição e da linguagem. O exame é rápido e indolor com a colocação de uma pequena sonda no pavilhão auricular do bebê.
O aparelho de Emissões Otoacústicas produz um estímulo sonoro e capta seu retorno, avaliando o funcionamento do ouvido. O teste é registrado no computador, que emite um gráfico com os resultados. O exame é feito nas duas orelhas.
No caso da Mikaelly, os pais voltaram para Ouroeste com o resultado nas mãos: a filha não tem problemas de audição. “Acho importante o exame, nos deixa mais tranquilos”, disse o pai.
Caso o resultado não seja normal, indica-se o reteste em 30 dias. Se não houver resposta normal no reteste, o bebê é encaminhado para processo diagnóstico e intervenção precoce, incluindo a orientação à família a respeito da perda auditiva e das diferentes alternativas educacionais disponíveis, início do atendimento fonoaudiológico especializado voltado para linguagem e para reabilitação auditiva.
O processo diagnóstico da surdez é realizado por meio de avaliação médica otorrinolaringológica e exames complementares.