O Cisarf (Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região de Fernandópolis) passou a oferecer, a cada 15 dias, um curso especializado para o tratamento da obesidade infantil. Às sextas-feiras o Grupo OI (Obesidade Infantil) - que possui aproximadamente 15 crianças, que são acompanhadas pelos pais - se reúne para discutir assuntos acerca da educação alimentar e física.
As aulas são ministradas pela médica Lílian Franciscon em parceria com a LAEM (Liga Acadêmica de Endocrinologia e Metabolismo da Unicastelo) e com alguns universitários dos cursos de nutricionismo e psicologia da FEF (Fundação Educacional de Fernandópolis).
Segundo a médica Lílian Franciscon as causas da obesidade infantil são variadas. Os principais fatores estão ligados aos hábitos alimentares e físicos. O tratamento da obesidade infantil é difícil e as causas são diversas; mas a maior epidemia que acarretou essa obesidade é a parte alimentar e física. Mas existe também a parte emocional, genética, que também podem estar relacionadas. Perder peso e mantê-lo é muito complicado, por isso é necessária uma reeducação alimentar e física para que a pessoa tenha em mente o quanto é saudável estar bem fisicamente e que para conseguir chegar a isso é complicado. É importante que se tenha uma dieta saudável, e quando a gente fala em dieta saudável não significa que não pode comer algo calórico, uma fritura, um doce. Ele pode, desde que saiba que isso não pode mais fazer parte do seu dia a dia. Por que se não aos poucos ele vai adquirir esse peso novamente, orientou Lílian.
Além das palestras, o grupo também realiza gincanas que fazem com que as crianças se exercitem e reforcem a vontade de querer emagrecer e mudar seus hábitos alimentares e físicos.
O trabalho é feito junto com os pais, pois eles acabam, às vezes, dificultando para que as crianças percam peso. Tem pais que tem vários filhos e um é mais magrinho e outro é mais gordinho. E a tendência é que os pais comprem comidas mais calóricas por causa do magrinho; mas quem acaba comendo é o gordinho. E o magrinho continua magrinho. O correto é não levar esses alimentos calóricos para casa; mas sim levar aquele filho mais magro à padaria, por exemplo, para comer um doce ou algo diferente, finalizou a médica.