Catarata: um véu que esconde o mundo

20 de Agosto de 2025

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Catarata: um véu que esconde o mundo
Uma câmara de filmar. É assim o lho humano, pela existência de uma lente chamada cristalino, que focaliza; e de uma película nervosa chamada retina, que capta as imagens e as envia ao cérebro.

Se o cristalino perde a transparência, tornando-se opaco, isso impedirá a entrada parcial ou total da luz que forma as imagens. A esse fenômeno de denomina catarata.

Ela pode ser congênita ou de desenvolvimento infanto-juvenil; são as cataratas na infância, passíveis de tratamento, casos em que o diagnóstico precoce é muito importante.

Já a catarata senil, a mais comum, é praticamente inevitável. Em geral, começa após os 60 anos, mas esse processo pode ter início mais cedo. O envelhecimento natural das células do cristalino é a causa mais comum de catarata, embora existam outras origens: hereditariedade, traumatismo, doenças sistêmicas, congênitas, medicamentos e infecções oculares.

Não há qualquer método capaz de evitar ou prevenir a catarata. O único tratamento eficaz conhecido até hoje é a cirurgia. O seu aparecimento não pressupõe a necessidade imediata de cirurgia. Algumas cataratas são lentas, outras progridem com maior rapidez.


CIRURGIA
Cabe ao médico e ao paciente decidir, de comum acordo, quando operar a catarata. Antigamente, dizia-se que era preciso esperar a catarata “amadurecer”, para indicar a cirurgia. Com o advento de novas técnicas cirúrgicas, isso não é preciso. A hora certa, na verdade, é aquela em que a doença começa a impor limites ao paciente, e ele muda sua maneira de viver em função da catarata.

A idade avançada e as más condições físicas não são empecilhos à cirurgia. O implante intra-ocular na cirurgia de catarata é um dos maiores avanços da oftalmologia nos últimos 20 anos. Ela tem 90% de sucesso funcional. A intervenção dura de 15 a 20 minutos e o paciente tem alta em poucas horas.

Meses ou anos após a cirurgia, poderá haver a necessidade de aplicação de laser para extinguir eventual opacidade da lente introduzida na cápsula superior. A qualidade de vida muda radicalmente e o paciente passa, literalmente, a ver melhor o mundo que o cerca.