O anjo faz uma saudação a Maria afirmando que ela encontrou graça diante de Deus, e por isso Deus se faz presente na vida dela. Maria ficou perturbada com as palavras do mensageiro de Deus, pois sente repousar em seus ombros o plano salvífico de Deus. O que os profetas haviam anunciado está se realizando de maneira inaudita em Maria: Deus habitar em seu seio. Maria é o novo Templo, a nova cidade Santa, pois vai carregar em seu ventre o Filho de Deus.
Maria responde ao anjo que é virgem apesar de seu casamento com José e essa situação a seu ver é um obstáculo para a concretização do anúncio da maternidade. O anjo lhe responde que o que acontecerá em sua vida é obra de uma intervenção direta de Deus, operando em sua pessoa o inaudito prodígio da concepção virginal do Filho de Deus. A concepção virginal é fruto da intervenção divina, ponto de partida para que se possa reconhecer a transcendência de Jesus, sua pertença ao mundo de Deus, sua filiação divina, sua natureza de Filho de Deus.
A virgem de Nazaré solicitou uma explicação e o mensageiro do Senhor lhe da uma prova e uma explicação: o fato de Isabel estar grávida no sexto mês é o sinal que Maria recebe; para Deus nada é impossível.
O anjo retirou-se. Com a aceitação de Maria finda a missão do anjo e tem início a existência humana do Filho de Deus: “O verbo se fez carne e habitou entre nós”. Maria, mesmo sem a compreensão plena do grande alcance do seu sim o ‘Faça-se em mim segundo a tua palavra’, possibilitou que o Filho Eterno do Pai viesse habitar em seu seio, deu uma resposta que envolveu toda a humanidade. O Catecismo da Igreja Católica diz: “Maria pronunciou o seu Faça-se em representação de toda a natureza humana; pela sua obediência, tornou-se a nova Eva, a mãe de todos os viventes”( n.511). No momento da encarnação do Cristo em Maria, a humanidade foi banhada pela graça divina, teve a sua vida cristificada, tornando-se a morada de Deus. Amém! Assim Seja!