Tireóide no idoso: o que valorizar, o que tratar

20 de Agosto de 2025

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Tireóide no idoso: o que valorizar, o que tratar

A qualidade de vida também vem melhorando e para que isso continue é fundamental entendermos como idade influencia os hormônios e como estes, por sua vez, atuam no indivíduo idoso.

O aumento da prevalência de alterações nos níveis hormonais e o impacto deletério do hipotireoidismo e do hipertireoidismo sem dúvida justificam o rastreamento de disfunção tireoidiana em todos os idosos de forma rotineira.

Além disso, todos os indivíduos com insuficiência cardíaca, alterações cognitivas e de humor devem ser investigados rotineiramente para disfunções tireoidianas já que elas são mais prevalentes em idosos e podem ser confundidas com outras doenças. A presença de nódulos tireoidianos merece particular atenção em idosos, principalmente do sexo feminino, porque o número de casos de câncer diferenciado vem aumentado assustadoramente nessa população.

Uma série de drogas comumente usadas em idosos também podem interferir na função tireoidiana, como fazem o lítio e a amiodarona...

Limite de normalidade de TSH para diferentes faixas etárias . Este dados foram calculados a partir de estudos em consideraveis números de indivíduos tidos como livres de doenças tireoidianas.

A prevalência de hipertireoidismo em idosos é estimada entre 0.5% e 4%. Sintomas e sinais são menos evidentes e, em um terço dos idosos com hipertireoidismo, não existem as clássicas manifestações decorrentes de hiperatividade simpática como sintomas e sinais clínicos de hipertireoidismo: taquicardia, fadiga, perda de peso, tremores, dispneia, apatia, anorexia, nervosismo, hiper-reflexia, fraqueza, depressão, sudorese, polidpsia, diarreia, confusão, atrofia muscular, intolerância ao calor, constipação, aumento de apetite.

Assim, apatia, perda de peso e taquicardia devem servir de alerta para possível tireotoxicose apática e devem ser rapidamente investigadas com dosagem de TSH.

A incidência e, sobretudo, a prevalência de hipotireoidismo aumentam com a idade, particularmente entre as mulheres.

O quadro clínico de hipotireoidismo é frequentemente confundido com o de outras doenças concomitantes, de modo que a dosagem de TSH rotineira para o diagnóstico é imperativa acima dos 60 anos. Sintomas e sinais clínicos de hipotireoidismo: fadiga, fraqueza, lentidão mental, sonolência, intolerância ao frio, pele seca, constipação, dificuldade de audição, depressão, rouquidão, pele grossa, anorexia, palidez, reflexos lentificados, ganho de peso, câimbras, ronco, tonturas, perda de peso, perda de cabelos, zumbidos,desorientação...

A decisão de introduzir levotiroxina deve ser particularmente cuidadosa em idosos, iniciando com doses baixas e progredindo lentamente, particularmente em portadores de doença coronariana.

Previna-se, vá rotineiramente ao seu médico e assim, poder avaliar o seu metabolismo celular, pelas dosagens dos hormônios tireoideanos.